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domingo, 13 de setembro de 2009

Paulo Sérgio - Treinador Promissor




O talento deste treinador pode passar despercebido a muita gente, a mim deixa-me a certeza de uma grande futuro, sendo capaz de lhe atribuir o título de melhor treinador actualmente em Portugal.
A sua versatilidade táctica sempre em função da equipa adversária leva-me a pensar que fará muito trabalho de casa, parecendo-me ser um estudioso do fenómeno futebolístico. Além disso, terá certamente muita psicologia a julgar pelas suas palavras, até mesmo pela mais recentes onde diz: "Em portugal tenta-se condicionar os árbitros com elogios e críticas antes dos jogos. Eu não faço elogios ao jeito de quem está a tentar dar graxa para depois esperar algo em retorno no jogo"..., dizendo também a respeito do embate contra o Sporting:"...Vamos com a ambição de vencer, como fazemos sempre"
Este treinador tem muito para dar ao futebol Português, e tanto ou mais potencial que Jorge Jesus, Jesualdo Ferreira ou Paulo Bento, faltando-lhe apenas a oportunidade de estar num grande de Portugal, que certamente virá!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Responsabilidades na queda do Boavista FC

Em quase 106 anos de vida o Boavista FC cresceu até ao ponto de conseguir ombrear com os grandes de Portugal, chegando a rotular-se no 4º grande de Portugal após a conquista de 1 Campeonato Nacional, 5 Taças de Portugal e 3 Supertaças de Portugal.
Nunca se imaginou que um clube que aparentava respirar de saúde financeira viesse a apresentar-se hoje tão frágil, ao ponto de poder vir a fechar portas.

Um breve resumo das principais vendas de atletas:

1991\1992 - João Vieira Pinto - Benfica (2.500.000 €)
1994\1995 - Tavares - Benfica (500.000 €)
1994\1995 - Nelo - Benfica (600.000 €)
1995\1996 - Artur - FC Porto (1.500.000 €)
1996\1999 - Jimmy Hasselbaink - Leeds Utd (2.500.000 €)
1996\1997 - Nuno Gomes - Benfica (2.500.000 €)
1996\1997 - Erwin Sanchez - Benfica (1.350.000 €)
1997\1998 - Delfim - Sporting (2.000.000 €)
1998\1999 - Ayew - sporting (3.000.000 €)
1998\1999 - Hélder - PSG (2.000.000 €)
1999\2000 - Mario Silva - Nantes (1.000.000 €)
2000\2001 - Litos - Málaga (1.500.000 €)
2001\2002 - Petit - Benfica (1.650.000 €)
2002\2003 - Ricardo - Sporting (1.100.000 €)
2002\2003 - Elpidio Silva - Sporting (2.000.000 €)
2003\2004 - Raul Meireles - FC Porto (1.000.000 €)
2003\2004 - Ricardo Sousa - Hannover (750.000 €)
2003\2004 - Frechaut - Dinamo Moscovo (700.000 €)
2004\2005 - Nélson - Benfica (800.000 €)
2005\2006 - Cadu - Cluj (400.000 €)
2005\2006 - Manuel José - Cluj (300.000 €)
2005\2006 - Diogo Valente - FC Porto (550.000 €)
2005\2006 - Paulo Jorge - Benfica (750.000 €)
2005\2006 - Carlos Fernandes - Steaua (250.000 €)
2006\2007 - Cissé Reading - (1.360.000 €)


A minha bolada vai para os responsáveis pela situação na qual o Boavista se encontra. Encontre-se !

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Iordanov vence Sporting CP no Tribunal Supremo


O internacional búlgaro Ivaylo Yordanov viu na passada semana reconhecida pelo Supremo Tribunal de Justiça a razão no diferendo que o opunha ao Sporting Clube de Portugal a propósito de uma cláusula existente no seu contrato que previa a realização de um jogo de homenagem após o final da sua carreira futebolística.
Recordemos que o polivalente Iordanov foi internacional pelo seu país em 50 partidas, tendo marcado em 3 ocasiões. Chegou ao Sporting no inicio da época 1991-1992, permanecendo 10 temporadas no clube somando 183 partidas oficiais e fazendo o gosto ao pé em 55 ocasiões. Ficou na história do clube como primeiro capitão de equipa do Sporting Clube de Portugal não português, não fosse ele um exemplo de dedicação e entrega.
Terminou a carreira de leão ao peito e posteriormente, por pouco tempo, passou a treinador da Equipa B leonina até lhe ser diagnosticada Esclerose Múltipla, doença incapacitante até aos seus dias de hoje.

A minha bolada vai para as ingratas direcções do Sporting Clube de Portugal que mantiveram um braço de ferro com um atleta que independentemente da existência ou não de uma cláusula que previsse a realização do tal jogo de homenagem, Iordanov já o merecia, pelo seu esforço, dedicação e brilhante carreira ao longo de 10 temporadas de leão ao peito.

Eleições no Benfica - Vieira sucede a Vieira


Como resultado das eleições no Sport Lisboa e Benfica, Luis Filipe Vieira sucede-se a si próprio para mais um mandato, ficando desde já na história como o presidente com mais épocas na vida do clube.
O resultado das eleições - 91% das intenções de voto - transmitem a Vieira a confiança dos Benfiquistas colocando o seu barómetro em níveis críticos, pois tem de retribuir essa confiança com apresentação de resultados desportivos, há muito tempo distantes do Estádio da Luz.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cronologia do mercado de transferências

Cronologia da evolução dos recordes de transferências do futebol mundial:

2009 Cristiano Ronaldo (Portugal) from Manchester United to Real Madrid, by 94 Million Euros
2001 Zinedine Zidane (France) from Juventus to Real Madrid, by 73,5 Million Euros
2000 Luí­s Figo (Portugal) from Barcelona to Real Madrid, by 61,5 Million Euros
1999 Christian Vieri (Italy) from Lazio to Inter de Milão, by 45,3 Million Euros
1998 Denilson (Brazil) from São Paulo to Bétis, by 30 Million Euros
1997 Ronaldo (Brazil) from Barcelona to Inter de Milão, by 27 Million Euros
1993 Alan Shearer (England) from Blackburn Rovers to Newcastle United, by 25,3 Million Euros
1992 Gianluigi Lentini (Italy) from Torino to AC Milan, by 25 Million Euros
1990 Roberto Baggio (Italy) from Fiorentina to Juventus, by 13,1 Million Euros
1987 Ruud Gullit (Netherlands) from PSV Eindhoven to AC Millan, by 10,9 Million Euros
1984 Maradona (Argentina) from Barcelona to Nápoles, by 7,3 Million Euros
1982 Maradona (Argentina) from Boca Juniors to Barcelona, by 7,2 Million Euros
1975 Giuseppe Savoldi (Italy) from Bologna to Napoli, by 865 thousand Euros
1973 Johan Cruiff (Netherlands) from Ajax to Barcelona, by 360  thousand Euros

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Paulo Bento e a Tranquilidade


Na sua carreira enquanto atleta profissional Paulo Bento habituou-me a vê-lo como um atleta modelo, fruto do seu carácter e sentido de profissionalismo, características necessárias e suficientes para que com toda a naturalidade se tivesse tornado capitão quer das equipas por onde passou, quer da selecção das quinas.
Não foi de admirar que se tivesse tornado treinador. Iniciou-se então no Sporting, treinando a equipa de júniores e eis que em 2006, após saída de José Peseiro assumiu até hoje o comando técnico da nau de Alvalade.
Em 3 temporadas e meia alcançou 4 vice-campeonatos, 2 taças de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira, contrataram-se 23 atletas e apostou-se em 10 atletas da provenientes dos escalões de formação.
A sua forte personalidade, frontalidade, sentido de disciplina, felizmente não têm passado despercebidos aos dirigentes leoninos, já que a recente renovação contratual por mais duas temporadas transmite a "Tranquilidade" necessária para a consolidação das ideias de um projecto.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Florentino Pérez - O Inflaccionador do Mercado


Quem não se lembra da equipa de galácticos construída por Florentino Pérez quando em 2000 assumiu a presidência Madrilenha ?! Nesse ano estabeleceu a transferência recorde do "market" futebolístico, com a aquisição de Luís Figo ao rival Barcelona por 61,5 Milhões de Euros. Já no ano seguinte, em 2001, adquiriu Zidane à Juventus por 73,5 Milhões de Euros estabelendo um novo recorde. Em 2002, foi a vez de Ronaldo trocar o Inter pelos galácticos, por 43,9 Milhões de Euros
Este ano voltou a assumir a presidência do Real Madrid e consigo surge uma nova era Galáctica traduzida nas aquisições de Kaká ao Milan por 65 Milhões de Euros e de Cristiano Ronaldo ao Manchester United por 94 Milhões de Euros, esta última um novo recorde do mercado de transferências.
Repare-se que Florentino Pérez está no pódio das transferências mais elevadas de todos os tempos - não sendo garantias de sucesso desportivo, são sim um pronúncio da inflacção de um cada vez mais Mundo Capitalista do Futebol não sendo por isso de admirar que a partir 2001 a média dos montantes de uma normal transferência se situem num intervalo entre os 1,5 e 3,0 Milhões de Euros.
Todo este cenário de inflacção é o habitat perfeito para os empresários de futebol, hoje conhecidos por Agentes FIFA.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ditadura ou "Benficracia"


O pior mandato de sempre da vida do Sport Lisboa e Benfica teria necessariamente que resultar na demissão em bloco dos órgãos sociais do clube, obrigando, à luz dos estatutos a eleições antecipadas.
Luís Filipe Vieira apercebeu-se que a exigente massa associativa e adepta se tem mobilizado no sentido de se encontrar uma solução directiva que possa conduzir o clube aos pergaminhos do passado. Eis então que os órgãos sociais caem precisamente oito (8) dias antes do prazo de entrega de candidaturas, impossibilitando a atempada criação de uma lista da oposição que possa reunir a confiança dos Benfiquistas.
No ar fica também a ideia de uma hipotética atitude premeditada que uma vez mais à luz dos estatutos impede José Veiga de concorrer à presidência encarnada, ao passo que num cenário de eleições em Outubro permitiria tal corrida presidencial.
Até pode querer-se dar a entender que, antecipando as eleições se pretende criar estabilidade directiva antes do arranque da nova temporada desportiva 2009\2010 mas então, porque se adquiriram já jogadores e um novo treinador se vão haver eleições antes do arranque da pré-época ?!
O Sport Lisboa e Benfica é grande demais para ser palco de confrontos pessoais e não deve parecer-se a uma ditadura, não devendo perder o sentido de "Benficracia".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Benfica - Quique Flores despedido

Após cinco (5) anos como presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira não consegue olhar para o seu próprio umbigo e verificar que o mal do Benfica está tão perto dele, tão perto, que não admira que esteja nele próprio.
Neste últimos quatro(4)  anos o clube alcançou três (3) terceiros (3º) e um quarto (4º) lugares na tabela classificativa da Liga Portuguesa, correspondentes à pior sequência de sempre na vida do Sport Lisboa e Benfica.
Numa mudança sistemática de treinadores e consequentemente de atletas caminha-se para um cenário de instabilidade, sendo o treinador o "alibi" presidencial, alimentando a ideia na cabeça dos benfiquistas de que " ahh ... é para o ano... que somos campeões !"
Recordo que, no ano em que Giovanni Trapattoni levou o Benfica ao título vinha-se de dois (2) segundo (2º) lugares e o director desportivo era nem mais nem menos que José Veiga, um conhecedor do Futebol.
Nas épocas após Giovanni Trapattoni o Benfica ficou-se por posições muito abaixo do êxito que se pretende.

2003-04 - 2º (Taça de Portugal)-T.: José António Camacho e Fernando Chalana
2004-05 - 1º (Campeão Nacional)-T.: GiovanniTrapattoni
2005-06 - 3º (Supertaça)--------T.: Ronald Koeman
2006-07 - 3º (nenhum troféu)----T.: Fernando Santos
2007-08 - 4º (nenhum troféu)----T.: Fernando Santos; Camacho; Chalana
2008-09 - 3º (Taça da Liga)-----T.: Quique Flores

Podemos considerar que o titulo em 2004\2005 era um cenário mais que previsível já que o clube vinha de consecutivos vice-campeonatos.
Caso diferente se esperaria para Quique Flores, já que o clube vinha de sucessivos insucessos, mas ainda assim conquistou para o clube uma Taça da Liga !
Uma mudança de treinador implicará uma nova aprendizagem do técnico, quer no relacionamento com os jogadores, quer no conhecimento das suas capacidades, a menos que se contrate um treinador Português que conheça a realidade actual. Este não acreditar num futuro de sucesso com Quique Flores não é mais que o constante "alibi" presidencial de quem lá está há tempo demasiado, acumulando 104 atletas (13 por temporada) e sete (7) treinadores, isto em oito (8) épocas de vida no Sport Lisboa e Benfica, somadas as enquanto director desportivo e presidente.

sábado, 6 de junho de 2009

Mercado de Transferência (1)

Aí estão os primeiros reforços da próxima temporada:



Nome: Álvaro Daniel Pereira Barrágan
Nacionalidade: Uruguaio
Idade: 24 anos
Posição: Lateral Esquerdo
Proveniência: CFR Cluj
Destino: FC Porto






Nome: Maicon Pereira Roque
Nacionalidade: Brasileiro
Idade: 20 anos
Posição: Defesa Central
Proveniência: Nacional da Madeira
Destino: FC Porto








Nome: José Alberto Shaffer
Nacionalidade: Argentino
Idade: 23 anos
Posição: Lateral Esquerdo
Proveniência: Racing Club Avellaneda
Destino: Benfica



Nome: Ramires Santos do Nascimento
Nacionalidade: Brasileiro
Idade: 22 anos
Posição: Médio Defensivo
Proveniência: Cruzeiro
Destino: Benfica

domingo, 31 de maio de 2009

FC Porto - estrutura de sucesso

FC Porto acaba de conquistar o Tetra campeonato e hoje fez a "dobradinha" ao conquistar a taça de Portugal. Repare-se na estratégia de sucesso:

Tetra-campeões encontram-se no plantel 7 atletas:

Helton, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Raul Meireles, Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Adriano (apesar de estar encostado);

Tri-campeões encontram-se no plantel 9 atletas:

Helton, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Raul Meireles, Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Adriano (apesar de estar encostado), Fucile, Tarik Sektioui

Bi-campeões encontra(va)m-se no plantel 16 atletas:

Helton, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Raul Meireles, Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Adriano (apesar de estar encostado), Fucile, Tarik, Nuno, Ventura, Stepanov, Mariano González, Farías, Lino e Bollati

Vejam se isto não é manter a identidade dum plantel ...
De reparar que se mantém o núcleo duro de trás para a frente, ou seja, da defesa e meio-campo, alternando muito apenas no ataque!
Há medida que se começam a conhecer as "manhas" dos atacantes por parte dos adversários é sempre melhor politica de gestão mexer lá na frente, deixando sair médios ofensivos e atacantes !

A quem diz que o FC Porto vence por meios ilícitos eu respondo que vence porque é um clube organizado que de certa forma também vai vencendo perante a desorganização dos seus adversários!

sábado, 30 de maio de 2009

Luis Filipe Vieira deve sair ?!

Após 8 temporadas na vida do Sport Lisboa e Benfica, 2 enquanto director desportivo e 6 como presidente deve reflectir-se sobre o seu percurso na vida do clube e começareio pelo princípio:

LFV iniciou o seu trajecto no Mundo do Futebol no Alverca FC, como presidente, conseguindo através de boas relações com os três grandes (dos quais era sócio), foi especialmente através do Benfica, com o projecto clube satélite que catapultou o Alverca FC para a 1ª divisão. No ano em que o Alverca sobe começaram as relações desportivas com o FC Porto, traduzidas na recepção de vários atletas a título de empréstimo (Ricardo Carvalho, entre outros), intermediação na transferência de Ovchinnikov para o FC Porto e as negociações de Cajú e Duda!

Em Maio de 2001 dá-se a misteriosa transferência de Mantorras para o Benfica, por 10 milhões de euros, verba que associada aos patrocínios e receitas de transmissões televisivas seria mais que suficiente para o Alverca se manter largos anos no futebol, cenário que não veio a acontecer, já que o Alverca cessou o seu futebol profissional em Maio de 2005!

O Alverca desce à 2ª divisão de honra e em Maio de 2001 LFV deixa os destinos do Alverca FC entregues ao seu vice-presidente Manuel Bugarim, seguindo Mantorras para a Luz passando a fazer parte da vida desportiva do Benfica, assumindo então na altura funções de director desportivo do então presidente Manuel Vilarinho. No final dessa época do seu primeiro ano como director desportivo saem directamente para o FC Porto, Maniche e Jankauskas, ao passo que via Varzim transferem-se Jorge Ribeiro, Pepa e Rui Baião que na altura eram enormes promessas do futebol português!

Mais tarde assume a presidência encarnada, substituindo Manuel Vilarinho assumindo em determinadas temporadas conjuntamente a pasta de gestor para o futebol encarnado!

Ao longo de 8 épocas:

- foram adquiridos pelo Benfica 104 atletas, ou seja, 13 por temporada;
- 2 segundos lugares no campeonato nacional;
- 1 campeonato nacional;
- 1 taça de Portugal;
- 1 taça da liga;
- 2 quartos lugares no campeonato nacional;
- 3 terceiros lugares no campeonato nacional;
- 7 treinadores;
- Manutenção do passivo do clube;
- A pior série de sempre do Benfica;

Por ordem:

4º - 2º - 2º - 1º - 3º - 3º - 4º - 3º

Mesmo tendo a noção de que criticar é muito fácil, entendo que LFV terá feito coisas importantes pelo clube, talvez até o seu máximo, mas esse máximo não chega para saciar a glória do Benfica. Voto na sua saída (dependendo do candidato que aparecer) e dever-se-á manter Quique Flores como treinador!
Creio que já se entendeu que o alibi presidencial tem sido a rotatividade do treinador, como factor de culpa! Volto a repetir, 13 atletas por temporada é má gestão directiva!

Para tal cito as palavras de José Veiga:

"O Benfica não se pode contentar com o 3º lugar. Não é problema de treinadores nem jogadores e sim de falta de liderança. O treinador que vier irá passar pelo que o Quique passou e irá embora".

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Palavras de José Eduardo Bettencourt

Num cenário de pré-campanha eleitoral na vida do Sporting Clube de Portugal reparemos nas palavras de José Eduardo Bettencourt num discurso de voto magnético, usando como íman, como ás de trunfo, nada mais, nada menos que Jorge Nuno Pinto da Costa.

«A estrutura do FC Porto é muito eficiente. Tem uma pessoa que manda, que toda a gente sabe quem é. Gostava de ver esse modelo no Sporting», palavras do candidato.

Remato com toda a força:

Não há dúvidas que a força do FC Porto está na sua estrutura directiva, como aliás venho afirmando em posts anteriores no que a estratégias de sucesso nos clubes se refere.
Das palavras deste respeitável senhor, resta saber se o facto de se dizer que se utilizará tais políticas directivas é suficiente ou se não seria melhor não dizer quais as políticas que se pretende utilizar, deixando que os actos falem por si !
Considero tais palavras como uma estratégia meramente eleitoralista e totalmente desnecessária!

terça-feira, 19 de maio de 2009

As palavras de José Veiga

Citando as palavras de José Veiga, que vão de encontro ao que venho dizendo neste sitio:
"Não sou candidato, mas quero regressar ao Benfica para acabar o trabalho que não me deixaram concluir" ... "As eleições só são em Outubro. Posso voltar daqui a seis meses ou mais uns anos" ... "O Benfica não se pode contentar com o 3º lugar. Não é problema de treinadores nem jogadores e sim de falta de liderança. O treinador que vier irá passar pelo que o Quique passou e irá embora ..."

domingo, 17 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Benfica - 2004\2005



Quim (19j\0g)
Moreira (15j\0g)
Yannick (0j\0g)


Defesas:

Miguel (22j\2g)
Alcides (6j\0g)
Amoreirinha (8j\0g)
Argel (19j\1g)
Ricardo Rocha (25j\0g)
André Luis (1j\0g)
Luisão (29j\2g)
Fyssas (16j\0g)
Manuel Dos Santos (21j\0g)

Médios:

Paulo Almeida (6j\0g)
Manuel Fernandes (29j\1g)
Petit (29\2)
Bruno Aguiar (19j\0g)
Everson (1j\0g)
Simão (34j\15g)
Carlitos (10j\0g)
João Pereira (27j\0g)
Nuno Assis (15j\2g)
Zahovic (10\0g)

Avançados:

Geovanni (31j\6g)
Nuno Gomes (22j\7g)
Mantorras (15j\5g)
Karadas (27j\4g)
Sokota (11j\4g)
Delibasic (3j\0g)

Treinador:

Giuseppe Trapattoni

Benfica - 1990\1991



Guarda-Redes

Silvino (17j\0g)
Nêno (21j\0g)

Defesas:

José Carlos (26j\1g)
Veloso (36j\0g)
Ricardo Gomes (36j\9g)
William (38j\4g)
P. Madeira (8j\0g)
Rui Bento (0j\0g)
Samuel (10j\0g)
Fernando Mendes (10j\0g)

Médios:

Thern (24j\4g)
Paulo Sousa (36j\0g)
Hernâni (2j\0g)
Vitor Paneira (36j\9g)
Schwarz (9j\4g)
Pacheco (28j\7g)
Isaias (24j\5g)
Valdo (26j\5g)
Erwin Sanchez (15j\1g)

Avançados:

César Brito (19j\7g)
Adesvaldo Lima (4j\0g)
Magnusson (14j\3g)
Rui Águas (37j\25g)
Vata (11j\3g)

Treinador:

Sven Goran Eriksson

Benfica - 1993\1994



Plantel:

Guarda-Redes:

Nêno (33J)
Silvino (1J)
Paulo Santos (1J)

Defesas:

Veloso (21J\0G)
Abel Silva (13J\0G)
Nuno Afonso (1J\0G)
William (8J\1G)
Mozer (29J\3G)
Hélder (32J\2G)
P. Henriques (1J\0G)
Kenedy (14J\0G)
Abazy (0J\0G)
Simanic (0J\0G)

Médios:

Abel Xavier (24J\1G)
Hernâni (1J\0G)
Kulkov (21J\2G)
Vitor Paneira (32J\6G)
Schwarz (23J\1G)
Isaias (26J\13G)
Rui Costa (34J\5G)

Avançados:

João Pinto (34J\15G)
César Brito (15J\1G)
Ailton (28J\11G)
Rui Àguas (25J\6G)
Yuran (20J\4G)

Treinador:

Toni

terça-feira, 12 de maio de 2009

Opinião de Joe Berardo

Em declarações prestadas à TVI, o comendador Joe Berardo, amigo pessoal de Luis Filipe Vieira e outrora seu apoiante veio agora dar a sua opinião acerca da actual situação na vida do clube:

Sobre Luís Filipe Vieira rematou:
"Sei que fez muitos sacrifícios e ajudou o clube financeiramente mas o que importa é ganhar! Estamos há tantos anos nesta vergonha! O FC Porto tem um presidente que se dedica ao clube 24 horas por dia. Acho que o nosso próximo presidente tem de ser um líder a tempo inteiro" (...) "O Nacional conseguiu vencer pois também tem um presidente que se dedica a tempo inteiro ao clube. Para dirigir é preciso acompanhar os jogadores durante o dia e durante a noite. Não podemos ter um presidente em part-time."

Acerca de Quique Flores rematou:
"não provou nada" (...)"A equipa que dirige tem que vencer pois temos bons jogadores no nosso plantel ou, pelo menos, foram comprados como tal. Se não o são é porque gastámos mal o dinheiro. Como já disse a equipa tem de vencer."

Remato eu:

Quanto a Luís Filipe Vieira estou de acordo, além de que elogio a postura de isenção de Joe Berardo, abstraindo-se das amizades em detrimento da frontal sinceridade. É um facto que é muito importante os atletas sentirem a presença do seu presidente enquanto treinam, não bastando este comparecer aos jogos, passando a imagem de um presidente enraizado na vida do clube!
Reparem na ascensão meteórica no Ranking dos empresários mais ricos de Portugal desde que Luís Filipe Vieira chegou aos destinos do clube e tirem as vossas conclusões !!!

Quanto a Quique Flores há um contra-senso nas palavras de Joe Berardo, pois se concorda que o clube não é de todo bem dirigido (para tal leiam o meu post "A destruição do Benfica - Parte 2"), então não se deve exigir "milagres" por parte de Quique Flores, para tal, defendo uma vez mais a continuidade de Quique Flores ...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Destruição do Benfica - Parte 2

Em 2004 chega ao Benfica a velha raposa, Trapattoni. Dispondo de matéria-prima estruturada e já enraizada na vida do clube clube, como os casos de Luisão, Miguel, Fyssas, Petit, Manuel Fernandes, Simão, Geovanni e Nuno Gomes, aos quais se juntaram as importantes contratações de Quim e Dos Santos, o Benfica sagra-se campeão ao fim de 10 temporadas de jejum.
Em 2005 chega ao Benfica Ronald Koeman para herdar um plantel campeão, onde a estrutura é praticamente mantida, com as saídas de Miguel e Fyssas e entradas de Nélson, Anderson, Léo, Beto, karagounis e Miccoli. No Campeonato nacional o Benfica ficou-se pelo 3º lugar, no entanto, volta a alcançar projecção europeia, num percurso notável na Champions League, eliminando o Manchester United da fase de grupos e mais tarde o Liverpool nos oitavos-de-final da competição. Ainda assim, Ronald Koemen sai do Benfica para o PSV Eindhoven, sendo o Benfica indemnizado pela sua saída.
Em 2006 vem Fernando Santos comandar a nau da Luz, enfrentando a saída de Geovanni e Manuel Fernandes colmatada de certa forma pelas entradas de Rui Costa, Katsouranis. O Benfica volta a ficar-se pelo 3º lugar no Campeonato Nacional, no entanto, na Taça UEFA ficou tão perto a passagem às meias-finais da competição, numa campanha europeia de saldo bem positivo e mais uma vez de visibilidade europeia.
Em 2007 INICIOU-SE AQUILO QUE CHAMO A SEGUNDA VAGA DA DESTRUIÇÃO DA IDENTIDADE DO PLANTEL ENCARNADO quando se permite a saída de Simão Sabrosa (por 20 milhões de Euros), Karagounis (a custo zero!), Anderson (fez um teatro com a história da doença do filho dizendo que tinha que voltar ao Brazil mas acaba indo para o Lyon), Beto e Miccoli ...
José Veiga contrata Maxi Pereira, Zoro, Fábio Coentrão, Cristian Rodriguez e Oscar Cardozo e após a saída de Simão entra em ruptura com Luis Filipe Vieira, saíndo da vida do clube. Assumindo em Agosto a pasta do futebol encarnado LFV inicia as suas contratações completamente por catálogo, casos de Binya, Luis Filipe, Sepsi, Edcarlos, Freddy Adu, Andrés Díaz, Bergessio, Makukula e Di Maria ... e o Benfica ficou-se pelo o 4º lugar no Campeonato Nacional.
Este ano chega ao Benfica Quique Flores e perde Cristian Rodríguez e Rui Costa ... tendo que fazer uma limpeza na medíocre qualidade dum plantel 4º classificado, não podendo ver aceites as suas pretensões nas contratações de Luis Garcia, Sinama-Pongolle, Gouffran, por falta de liquidez financeira.
E julgam que este Homem, que até venceu a Taça da Liga, é algum milagreiro ?! Terá ele que pagar pelos erros do passado directivo encarnado? E não será bom um conhecedor do Mundo do Futebol, José Veiga, voltar ao clube ?
Espero não ter que escrever a parte 3 da destruição do Benfica !

terça-feira, 5 de maio de 2009

Treinadores sem Fé

Muitas foram as vezes em que assisti a questões colocadas por jornalistas a treinadores antes de estes defrontarem um clube grande, onde as suas respostas deixavam no ar um cenário de descrença na vitória, como que um sentimento prematuro de derrotado, numa mensagem plena de desconfiança nas capacidades dos seus atletas mas também uma falta de confiança em si, atributos muito pouco próprios para um líder, para um treinador!
Não me passa pela cabeça que na Liga Sagres seja impossível a qualquer equipa que seja vencer outra, nem que qualquer que seja o clube não grande possa ser campeão nacional, inseridos num contexto de estruturação. Treinador que não sonhe e não faça sonhar os seus atletas não deve treinar, devendo dar lugar a quem acredite em si e não subestime o potencial dos seus atletas, parecendo-me um pouco mais correcto subestimar o adversário. Quando não se subestima o adversário normalmente assistimos a discursos discursos demagógicos e por vezes excessivamente hipócritas, passando a batata quente para a equipa contrária.
Em José Mourinho e Jaime Pacheco pudemos verificar essa lei de Fé, transmissão de se conseguir o que muitos acreditam ser impossível, motivar o atleta mais impossível de ser motivado, transformando um plantel de equipas de grandeza aparentemente inferior capazes de ombrear lado-a-lado com qualquer clube. Para tal, não esqueçamos a época 2001\2002 quando José Mourinho sai em Dezembro rumo ao FC Porto, deixando a União de Leiria no 2º lugar, ficando a pairar no ar a ideia de que se não tivesse saído teríamos hoje um U. Leiria na montra dos clubes campeões nacionais! Não esqueçamos também o magnífico trabalho de Jaime Pacheco quando alcançou o campeonato nacional pelo Boavista FC e duas épocas mais tarde atinge a maia-final da Taça UEFA.
Reparemos onde estavam há uns anos atrás os atletas que compõem os plantéis dos clubes grandes e pensemos onde poderão estar daqui a uns anos os atletas que compõem os outros plantéis e pensemos que o futuro dos atletas depende deles próprios e de quem acredita neles ...

Árbitros Assistentes e sua (in)visibilidade

Não é novidade nenhuma que uma equipa de arbitragem de Futebol é composta por quatro árbitros, com tarefas divididas num trabalho de sintonia colectiva onde não ficam de parte as responsabilidades individuais. Creio firmemente que se fosse feita uma sondagem mais de 90% dos inquiridos não saberia dizer o nome de mais que dois árbitros assistentes (anteriormente conhecidos como fiscais de linha) da primeira categoria, ao invés, não se teria dificuldade em dizer nomes de árbitros principais, os senhores do apito. E porquê ?! O acesso à informação existe, no entanto, no dia após o jogo os meios de comunicação social dão especial atenção a quem tem o apito, chegando-se ao ponto de quantificar o trabalho do Sr. árbitro, esquecendo-se de que quem tem a bandeirola e está nas laterais do terreno de jogo tem demasiado poder para não lhe ser dada a mesma atenção. Dando essa atenção, está-se a responsabilizar, aumentando o medo de errar pois não há pior tribunal que a praça pública.

Académica contra os três "grandes"

À passagem da 26ª jornada a Académica de Coimbra, sob o comando técnico de Domingos Paciência, já defrontou os 3 grandes, com desempenho traduzido em números muito positivos. Em 6 jogos efectuados para o campeonato e 1 para a taça da liga amealhou 5 pontos, "roubando" 3 ao Benfica, 4 ao Sporting e perdendo os 3 encontros para o FC Porto.
As disposições tácticas contra os grandes de Lisboa revelaram excelentes interligações defensivas e equipa muito bem preparada ao nível motivacional para um esquema de jogo que visava o empate, no entanto, cenário bem diferente se passou contra o FC Porto, onde a disposição táctica indicava uma maior profundidade ofensiva e consequente "oferta" de espaços na zona defensiva.
relembremos que Domingos Paciência foi formado nas escolas do FC Porto, tendo um palmarés recheado de títulos e feitos individuais com a camisola do dragão ao peito, onde viveu momentos que certamente o marcam até aos dias de hoje. É com grande cepticismo que observei as suas expressões faciais quer nos embates contra os grandes de Lisboa, quer contra o "seu" FC Porto e não posso deixar de me interrogar no seguinte:
Terá ele sentido o amargo da derrota contra o FC Porto ?!
Terá se conseguido abster do sentimentalismo que o pudesse dominar ?!
Terá havido profissionalismo a 100 % ?!
Prefiro acreditar que sim, não só porque gosto de Futebol, mas por que não quero deixar de gostar de Futebol!

Ruben Micael - Será Solução ?

Correm rumores de que o Benfica se prepara para contratar Rúben Micael ao Nacional da Madeira. Após tantas contratações fracassadas o Benfica não se pode dar ao luxo de cometer erros sendo a observação, análise e ponderação muito instrumentais em momentos tão importantes na vida do clube.
A análise que faço indica-me não ser uma opção válida. E porquê? A equipa do Nacional da Madeira utiliza um modelo de jogo onde é bem evidente a presença de duas âncoras, Cléber Monteiro e principalmente Luis Alberto, além disso, na manobra ofensiva Mateus dá um constante apoio ao meio campo ofensivo, dando assim liberdade de manobra a Rúben Micael. Para além de tudo isto, repare-se que nas derrotas do Nacional tanto na Amadora como em Setúbal (equipas de tendência defensiva) não constava Luis Alberto das opções, resultando em exibições menos conseguidas de Rúben Micael, que denotou dificuldades em jogar sob marcação, além de que há que ter em atenção que as equipas que defrontam o Benfica, fazem uso de mentalidades defensivas, com marcações apertadas na zona de Rúben Micael onde não me parece que lhe sejam concedidas liberdades para jogar onde sabe jogar, ou seja, no espaço vazio. Rúben Micael é bom a jogar contra equipas que atacam e consequentemente lhe dão espaço mas não para equipas de ímpeto defensivo ou ofensivo na cadência final do jogo.
Recomendo vivamente, decorem o nome, Semir Stilic, um Bósnio de 22 anos, que actua no Lech Poznan (clube de onde saiu Juskowiak para o Sporting). Este jogador é um perfeito driblador, com uma inteligência e visão de jogo e que acima de tudo joga muito bem sob marcação.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Destruição do Benfica - Parte 1

Aquele Verão de 1994 veio a marcar a história recente do Benfica que acabava de conquistar o seu 30º título de Campeão Nacional de Futebol. Acontecia uma mudança directiva com a saída forçada de Jorge De Brito, por motivos pessoais, sucedendo-lhe Manuel Damásio. Num pronunciado desconhecimento dos fenómenos que envolvem o Futebol, mandou-se embora um treinador campeão, Toni, substituindo-o por outro, Artur Jorge. Saíram atletas importantes, uns pela mística que transportavam, outros pelo rendimento expresso. Veja-se:

No verão de 1994, saíram :

Silvino [4 jogos] - para o FC Porto, via Vit. Setúbal
Rui Águas [25 jogos \ 6 golos] - para o Reggiana, via Estrela da Amadora
Rui Costa - para a Fiorentina
Schwarz [23 jogos \ 1 golo] - para o Arsenal
Yuran [20 jogos \ 4 golos] - para o FC Porto
Kulkov [21 jogos \ 2 golos] - para o FC Porto
Ailton [28 jogos \ 11 golos] - para o Atl. Mineiro

Entravam:

Preud´Homme, Marinho e Amaral (dispensados pelo Sporting), Paulo Madeira, Dimas, Paulo Bento, Paulão, Clóvis, Edilson, Tavares, Nelo e Rui Esteves.

O Benfica ficou em 3º lugar no campeonato nacional e ainda assim Artur Jorge ficava mais uma época desportiva (1995\96), para mais um Verão de mudanças no estádio da Luz. Repare-se que é nesta 2ª época que se destrói completamente a mística do Sport Lisboa e Benfica com as saídas de Nêno, Abel Xavier, William, Vítor Paneira, Isaías e César Brito, transportadores da mística encarnada e todos atletas que ainda tiveram índices desportivos de alto nível por onde passaram, dado que saíram numa altura de maturidade desportiva, facto que não justifica tal decisão técnica, nem justifica uma inexistência de uma intervenção da direcção do clube, impedindo tal desgoverno.
No espaço de pouco mais de 1 ano, de Junho de 1994 a Agosto de 1995 saíram do Benfica 31 atletas e entraram 26, numa política de gestão desportiva completamente descoordenada naquilo que é o dever de intervenção dum presidente evitando os plenos poderes de um treinador.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Empréstimo de Jogadores

Clubes com maior volume de jogadores têm como política de gestão fazer rodá-los noutros clubes, sucedendo que na maioria dos casos acabam sendo cedidos a clubes adversários que disputam a mesma competição.
Como se sentirá o atleta que defronta o seu detentor do passe, que na maioria das vezes lhe paga grande parte (por vezes a totalidade) do salário, sabendo ele de antemão que na seguinte época poderá lá estar a jogar ?!
Cabe aos treinadores saberem até que ponto deverão utilizar o atleta que esteja nessas condições, evitando-se jogar em inferioridade numérica em termos de motivação e prestação colectiva !
Em termos de gestão directiva é uma política inteligente do clube que empresta, enfraquecendo os adversários quando jogam contra si, no entanto, má política do clube receptor. Mas porquê ? Está-se a valorizar no mercado um atleta do qual não tirará proveito numa futura transferência quando poderia apostar-se noutro proveniente duma boa prospecção ("scouting") estando-se a valorizá-lo jogo a jogo em condições de rendimento desportivo capaz de proporcionar os mesmos resultados desportivos trazendo mais valias financeiras!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Benfica - Sucessão e Gestão no Futebol

Um clube divide-se nos seguintes sectores: direcção, equipa técnica e atletas.
Um clube com boa organização directiva confere maior estabilidade a uma equipa técnica e aos atletas, traduzida pelas interacções dirigente-treinador, treinador-atleta e dirigente-atleta. A equipa deve ser uma verdadeira religião, onde o templo é o balneário, pleno de união e blindado de onde a informação fica ali não saltando cá para fora numa política de gestão de dentro para fora e nunca de fora para dentro! Esse triângulo hierárquico deve ter como vértice principal o papel dos dirigentes, indivíduos que compreendam o fenómeno futebolístico.
O papel do bom dirigente reflecte-se em três factores essenciais:a escolha do treinador, a interferência na política de contratações e a questão do pressing negocial.
Na escolha do treinador deve ter-se em conta o seu perfil psicológico e o seu modelo de jogo preferencial que deve ir de encontro ao modelo de jogo alicerçado ao longo dos anos no clube, evitando-se mudanças bruscas.
Na interferência na política de contratações do treinador, não se permitindo saídas e entradas bruscas de atletas que ponham em risco a identidade ou mística da equipa assim como o fio de jogo existente.
No pressing negocial, ao não ser vulnerável às políticas de mercado, estabelecendo um valor para a transacção do passe do atleta nunca cedendo nas pretensões do clube comprador, pois o timing,o silêncio e até a persistência acabam por fazer valer a postura de vendedor e além disso padroniza logo o dirigente, isto é, se ele ceder muitas vezes em baixar o valor de um passe fica logo rotulado em futuras negociações ao passo que se mantiver a sua convicção o clube comprador saberá sempre que ou paga o que o dirigente quer ou não leva o atleta!
Na política de contratação do atleta observado são não só as óbvias qualidades técnico-tácticas como também o lado psicológico, na sua capacidade de resistir à pressão, na superação, determinação, ambição, disciplina, humildade, espírito de sacrifício, profissionalismo, mas também, se esse atleta se encaixa ou não na equipa, pois lembre-mo-nos que do conceito de par acção-reacção onde por vezes um jogador joga aquilo que o adversário deixa jogar e um bom atleta num determinado campeonato poderá não o ser noutro campeonato!
O mais importante na política de gestão desportiva num clube passa pela questão da transição e\ou sucessão, ou seja, manter sempre a identidade no balneário, referenciando-se atletas sempre que se preveja a saída de outro ou ter já no plantel o substituto já então rotinado para determinada.
Repare-se que com a Lei Bosman, o fluxo de atletas é evidente o que exige uma maior organização nos conceitos de gestão desportiva quer a nível interno quer externo (na prospecção de atletas formados quer na captação de talentos).
Como exemplos, deixo-vos:
A política de gestão de Fernando Martins (ex. presidente do Benfica) que foi mais tarde adoptada pelo presidente do FC Porto, Pinto da Costa e as diferenças entre o Benfica antes e depois da época 1994\1995, onde são evidentes as diferenças na questão da sucessão como factor determinante do sucesso!

domingo, 19 de abril de 2009

Clubes Portugueses nas Competições Europeias

Altura de reflectir acerca do que se vai passando com o futebol português nas competições europeias.
Luta-se arduamente pela presença na prestigiada Champions League e depois luta-se pela passagem à fase seguinte, ficando-se pelos oitavos-de-final.
- Não será preferível lutar numa competição onde se tenha asas para poder voar ?
- Serão os €uros duma competição mais importantes que a conquista de troféus ?
- Ficará melhor no historial dos clubes, atletas e treinadores os Quartos-de-Final duma Champions League ou uma conquista da Taça UEFA ?
Com tudo isto pretendo dizer que antes de querer conquistar o Céu deve-se primeiro conquistar a Terra! Reparemos que países como, por exemplo, Rússia, Roménia, Ucrânia já nos ultrapassaram no Ranking de clubes UEFA, tendo como efeito quase imediato, a redução do número de clubes nacionais a poderem participar nas competições europeias, e um facto é que foi precisamente na Taça UEFA onde extraíram os pontos, enquanto isso, andámos na ganância dos €uros, pelo simples orgulho de passar de grupo. Há uns anos o CSKA Moscovo venceu o Sporting, no ano passado venceu Zenit, este ano um clube ucraniano estará na final da taça uefa!
Reforço a ideia de que, até um plantel se encontrar solidificado, é melhor ficar no 3º lugar na fase de grupos da Champions League, que dá acesso à continuação em prova na taça UEFA, contribuindo com mais hipóteses de sucesso, expressas em pontos para o ranking e até mesmo a grande chance de ganhar essa competição e valorizar os atletas quer a nível de currículo, quer de valor do passe!
O melhor exemplo foi o FC Porto de José Mourinho que ganhou primeiro a taça UEFA, conquistando a Terra e só depois a Champions League, conquistando assim as estrelas!

Pensar a questão das arbitragens

O Futebol português actualmente sustenta o norte e centro de Portugal Continental e Região Autónoma da Madeira. Está dividido em Associações de Futebol, onde se encontram filiados clubes e associações de arbitragem. Define-se portanto, um triângulo organizacional, dirigido pelo Homem.
Entramos no lado humano da questão, visando como principais intervenientes, o dirigente e do juiz árbitro.
Em Portugal existem três clubes grandes; Cada individuo que anda no Futebol é porque gosta de Futebol. Ao gostar, tem necessariamente um clube, logo está sujeito ao Sentimentalismo.
Fazendo uma análise estatística: - Um árbitro será 33,333 % de um dos clubes grandes. Quando entra em campo um desses clubes, será 33,333 % desse clube ou não será 66,666% desse clube. Repare-se que, em campeonatos como por exemplo, de Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália, onde existem muitas regiões, muitos clubes grandes, logo essas probabilidades são muito menores. Num exemplo como o nosso, recentemente o campeonato ucraniano optou por recrutar árbitros estrangeiros de forma a minimizar tais efeitos, pois o factor que poderá interferir no processo involuntário do juiz árbitro é tão somente a sua capacidade em contornar o sentimentalismo em detrimento da razão!
Não pretendo com isto por em causa a credibilidade dos árbitros mas sim, a interferência subconsciente do lado emotivo do ser humano que na minha opinião exige a intervenção do internacional board, já que o árbitro faz parte do jogo e as suas decisões têm muito peso na decisão de jogos de fixada importância.
A solução passa pela criação de meios tecnológicos que retirem em parte o controle do juiz árbitro sob o jogo (auxiliados pelos tais meios), reduzindo-se o erro e consequentemente, aumentando a verdade desportiva!

Lei Bosman - Impacto e soluções

Somos um País pequeno em superfície e população mas grande em qualidade futebolística, para tal basta-nos reparar na história dos nossos clubes e nos feitos individuais dos nossos atletas.Separando o futebol nos antes e pós Lei Bosman encontramos diferenças na liberdade e capitalização.
No pré Bosman existia um limite de 3 elementos não nacionais por clube, logo o país com maior qualidade nacional determinava uma maior capacidade colectiva. Não admira portanto que fosse uma constante ver clubes nacionais a atingirem finais europeias constantemente!Depois da implementação da dita Lei clubes associados a economias mais abrangentes passaram a absorvem os jogadores por norma de maior qualidade, tornando-se cada vez mais difícil competir ao mesmo nível, tornando-se clubes sem identidade nacional. Em Portugal vai-nos valendo o estatuto de igualdade de direitos e deveres que permite naturalizar muitos atletas que estejam pelo menos 2 anos em Portugal, critério que auxiliou em muito o FC Porto na conquista da Champions League sob o comando de José Mourinho. Apesar de algumas aceitáveis naturalizações na selecção nacional, o sucesso recente ilustra a minha ideia, quero eu dizer: temos bom produto nacional, logo temos bons resultados.
Opino que se deva ser criada uma Lei regulamentar da Lei Bosman, na qual seja limitado o número de jogadores ao abrigo da mesma, defendendo a identidade nacional, competindo-se naquilo que vá de encontro ao que nos acostumámos a chamar de campeonato nacional, decididamente algo Nacional!