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domingo, 31 de maio de 2009

FC Porto - estrutura de sucesso

FC Porto acaba de conquistar o Tetra campeonato e hoje fez a "dobradinha" ao conquistar a taça de Portugal. Repare-se na estratégia de sucesso:

Tetra-campeões encontram-se no plantel 7 atletas:

Helton, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Raul Meireles, Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Adriano (apesar de estar encostado);

Tri-campeões encontram-se no plantel 9 atletas:

Helton, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Raul Meireles, Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Adriano (apesar de estar encostado), Fucile, Tarik Sektioui

Bi-campeões encontra(va)m-se no plantel 16 atletas:

Helton, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Raul Meireles, Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Adriano (apesar de estar encostado), Fucile, Tarik, Nuno, Ventura, Stepanov, Mariano González, Farías, Lino e Bollati

Vejam se isto não é manter a identidade dum plantel ...
De reparar que se mantém o núcleo duro de trás para a frente, ou seja, da defesa e meio-campo, alternando muito apenas no ataque!
Há medida que se começam a conhecer as "manhas" dos atacantes por parte dos adversários é sempre melhor politica de gestão mexer lá na frente, deixando sair médios ofensivos e atacantes !

A quem diz que o FC Porto vence por meios ilícitos eu respondo que vence porque é um clube organizado que de certa forma também vai vencendo perante a desorganização dos seus adversários!

sábado, 30 de maio de 2009

Luis Filipe Vieira deve sair ?!

Após 8 temporadas na vida do Sport Lisboa e Benfica, 2 enquanto director desportivo e 6 como presidente deve reflectir-se sobre o seu percurso na vida do clube e começareio pelo princípio:

LFV iniciou o seu trajecto no Mundo do Futebol no Alverca FC, como presidente, conseguindo através de boas relações com os três grandes (dos quais era sócio), foi especialmente através do Benfica, com o projecto clube satélite que catapultou o Alverca FC para a 1ª divisão. No ano em que o Alverca sobe começaram as relações desportivas com o FC Porto, traduzidas na recepção de vários atletas a título de empréstimo (Ricardo Carvalho, entre outros), intermediação na transferência de Ovchinnikov para o FC Porto e as negociações de Cajú e Duda!

Em Maio de 2001 dá-se a misteriosa transferência de Mantorras para o Benfica, por 10 milhões de euros, verba que associada aos patrocínios e receitas de transmissões televisivas seria mais que suficiente para o Alverca se manter largos anos no futebol, cenário que não veio a acontecer, já que o Alverca cessou o seu futebol profissional em Maio de 2005!

O Alverca desce à 2ª divisão de honra e em Maio de 2001 LFV deixa os destinos do Alverca FC entregues ao seu vice-presidente Manuel Bugarim, seguindo Mantorras para a Luz passando a fazer parte da vida desportiva do Benfica, assumindo então na altura funções de director desportivo do então presidente Manuel Vilarinho. No final dessa época do seu primeiro ano como director desportivo saem directamente para o FC Porto, Maniche e Jankauskas, ao passo que via Varzim transferem-se Jorge Ribeiro, Pepa e Rui Baião que na altura eram enormes promessas do futebol português!

Mais tarde assume a presidência encarnada, substituindo Manuel Vilarinho assumindo em determinadas temporadas conjuntamente a pasta de gestor para o futebol encarnado!

Ao longo de 8 épocas:

- foram adquiridos pelo Benfica 104 atletas, ou seja, 13 por temporada;
- 2 segundos lugares no campeonato nacional;
- 1 campeonato nacional;
- 1 taça de Portugal;
- 1 taça da liga;
- 2 quartos lugares no campeonato nacional;
- 3 terceiros lugares no campeonato nacional;
- 7 treinadores;
- Manutenção do passivo do clube;
- A pior série de sempre do Benfica;

Por ordem:

4º - 2º - 2º - 1º - 3º - 3º - 4º - 3º

Mesmo tendo a noção de que criticar é muito fácil, entendo que LFV terá feito coisas importantes pelo clube, talvez até o seu máximo, mas esse máximo não chega para saciar a glória do Benfica. Voto na sua saída (dependendo do candidato que aparecer) e dever-se-á manter Quique Flores como treinador!
Creio que já se entendeu que o alibi presidencial tem sido a rotatividade do treinador, como factor de culpa! Volto a repetir, 13 atletas por temporada é má gestão directiva!

Para tal cito as palavras de José Veiga:

"O Benfica não se pode contentar com o 3º lugar. Não é problema de treinadores nem jogadores e sim de falta de liderança. O treinador que vier irá passar pelo que o Quique passou e irá embora".

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Palavras de José Eduardo Bettencourt

Num cenário de pré-campanha eleitoral na vida do Sporting Clube de Portugal reparemos nas palavras de José Eduardo Bettencourt num discurso de voto magnético, usando como íman, como ás de trunfo, nada mais, nada menos que Jorge Nuno Pinto da Costa.

«A estrutura do FC Porto é muito eficiente. Tem uma pessoa que manda, que toda a gente sabe quem é. Gostava de ver esse modelo no Sporting», palavras do candidato.

Remato com toda a força:

Não há dúvidas que a força do FC Porto está na sua estrutura directiva, como aliás venho afirmando em posts anteriores no que a estratégias de sucesso nos clubes se refere.
Das palavras deste respeitável senhor, resta saber se o facto de se dizer que se utilizará tais políticas directivas é suficiente ou se não seria melhor não dizer quais as políticas que se pretende utilizar, deixando que os actos falem por si !
Considero tais palavras como uma estratégia meramente eleitoralista e totalmente desnecessária!

terça-feira, 19 de maio de 2009

As palavras de José Veiga

Citando as palavras de José Veiga, que vão de encontro ao que venho dizendo neste sitio:
"Não sou candidato, mas quero regressar ao Benfica para acabar o trabalho que não me deixaram concluir" ... "As eleições só são em Outubro. Posso voltar daqui a seis meses ou mais uns anos" ... "O Benfica não se pode contentar com o 3º lugar. Não é problema de treinadores nem jogadores e sim de falta de liderança. O treinador que vier irá passar pelo que o Quique passou e irá embora ..."

domingo, 17 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Benfica - 2004\2005



Quim (19j\0g)
Moreira (15j\0g)
Yannick (0j\0g)


Defesas:

Miguel (22j\2g)
Alcides (6j\0g)
Amoreirinha (8j\0g)
Argel (19j\1g)
Ricardo Rocha (25j\0g)
André Luis (1j\0g)
Luisão (29j\2g)
Fyssas (16j\0g)
Manuel Dos Santos (21j\0g)

Médios:

Paulo Almeida (6j\0g)
Manuel Fernandes (29j\1g)
Petit (29\2)
Bruno Aguiar (19j\0g)
Everson (1j\0g)
Simão (34j\15g)
Carlitos (10j\0g)
João Pereira (27j\0g)
Nuno Assis (15j\2g)
Zahovic (10\0g)

Avançados:

Geovanni (31j\6g)
Nuno Gomes (22j\7g)
Mantorras (15j\5g)
Karadas (27j\4g)
Sokota (11j\4g)
Delibasic (3j\0g)

Treinador:

Giuseppe Trapattoni

Benfica - 1990\1991



Guarda-Redes

Silvino (17j\0g)
Nêno (21j\0g)

Defesas:

José Carlos (26j\1g)
Veloso (36j\0g)
Ricardo Gomes (36j\9g)
William (38j\4g)
P. Madeira (8j\0g)
Rui Bento (0j\0g)
Samuel (10j\0g)
Fernando Mendes (10j\0g)

Médios:

Thern (24j\4g)
Paulo Sousa (36j\0g)
Hernâni (2j\0g)
Vitor Paneira (36j\9g)
Schwarz (9j\4g)
Pacheco (28j\7g)
Isaias (24j\5g)
Valdo (26j\5g)
Erwin Sanchez (15j\1g)

Avançados:

César Brito (19j\7g)
Adesvaldo Lima (4j\0g)
Magnusson (14j\3g)
Rui Águas (37j\25g)
Vata (11j\3g)

Treinador:

Sven Goran Eriksson

Benfica - 1993\1994



Plantel:

Guarda-Redes:

Nêno (33J)
Silvino (1J)
Paulo Santos (1J)

Defesas:

Veloso (21J\0G)
Abel Silva (13J\0G)
Nuno Afonso (1J\0G)
William (8J\1G)
Mozer (29J\3G)
Hélder (32J\2G)
P. Henriques (1J\0G)
Kenedy (14J\0G)
Abazy (0J\0G)
Simanic (0J\0G)

Médios:

Abel Xavier (24J\1G)
Hernâni (1J\0G)
Kulkov (21J\2G)
Vitor Paneira (32J\6G)
Schwarz (23J\1G)
Isaias (26J\13G)
Rui Costa (34J\5G)

Avançados:

João Pinto (34J\15G)
César Brito (15J\1G)
Ailton (28J\11G)
Rui Àguas (25J\6G)
Yuran (20J\4G)

Treinador:

Toni

terça-feira, 12 de maio de 2009

Opinião de Joe Berardo

Em declarações prestadas à TVI, o comendador Joe Berardo, amigo pessoal de Luis Filipe Vieira e outrora seu apoiante veio agora dar a sua opinião acerca da actual situação na vida do clube:

Sobre Luís Filipe Vieira rematou:
"Sei que fez muitos sacrifícios e ajudou o clube financeiramente mas o que importa é ganhar! Estamos há tantos anos nesta vergonha! O FC Porto tem um presidente que se dedica ao clube 24 horas por dia. Acho que o nosso próximo presidente tem de ser um líder a tempo inteiro" (...) "O Nacional conseguiu vencer pois também tem um presidente que se dedica a tempo inteiro ao clube. Para dirigir é preciso acompanhar os jogadores durante o dia e durante a noite. Não podemos ter um presidente em part-time."

Acerca de Quique Flores rematou:
"não provou nada" (...)"A equipa que dirige tem que vencer pois temos bons jogadores no nosso plantel ou, pelo menos, foram comprados como tal. Se não o são é porque gastámos mal o dinheiro. Como já disse a equipa tem de vencer."

Remato eu:

Quanto a Luís Filipe Vieira estou de acordo, além de que elogio a postura de isenção de Joe Berardo, abstraindo-se das amizades em detrimento da frontal sinceridade. É um facto que é muito importante os atletas sentirem a presença do seu presidente enquanto treinam, não bastando este comparecer aos jogos, passando a imagem de um presidente enraizado na vida do clube!
Reparem na ascensão meteórica no Ranking dos empresários mais ricos de Portugal desde que Luís Filipe Vieira chegou aos destinos do clube e tirem as vossas conclusões !!!

Quanto a Quique Flores há um contra-senso nas palavras de Joe Berardo, pois se concorda que o clube não é de todo bem dirigido (para tal leiam o meu post "A destruição do Benfica - Parte 2"), então não se deve exigir "milagres" por parte de Quique Flores, para tal, defendo uma vez mais a continuidade de Quique Flores ...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Destruição do Benfica - Parte 2

Em 2004 chega ao Benfica a velha raposa, Trapattoni. Dispondo de matéria-prima estruturada e já enraizada na vida do clube clube, como os casos de Luisão, Miguel, Fyssas, Petit, Manuel Fernandes, Simão, Geovanni e Nuno Gomes, aos quais se juntaram as importantes contratações de Quim e Dos Santos, o Benfica sagra-se campeão ao fim de 10 temporadas de jejum.
Em 2005 chega ao Benfica Ronald Koeman para herdar um plantel campeão, onde a estrutura é praticamente mantida, com as saídas de Miguel e Fyssas e entradas de Nélson, Anderson, Léo, Beto, karagounis e Miccoli. No Campeonato nacional o Benfica ficou-se pelo 3º lugar, no entanto, volta a alcançar projecção europeia, num percurso notável na Champions League, eliminando o Manchester United da fase de grupos e mais tarde o Liverpool nos oitavos-de-final da competição. Ainda assim, Ronald Koemen sai do Benfica para o PSV Eindhoven, sendo o Benfica indemnizado pela sua saída.
Em 2006 vem Fernando Santos comandar a nau da Luz, enfrentando a saída de Geovanni e Manuel Fernandes colmatada de certa forma pelas entradas de Rui Costa, Katsouranis. O Benfica volta a ficar-se pelo 3º lugar no Campeonato Nacional, no entanto, na Taça UEFA ficou tão perto a passagem às meias-finais da competição, numa campanha europeia de saldo bem positivo e mais uma vez de visibilidade europeia.
Em 2007 INICIOU-SE AQUILO QUE CHAMO A SEGUNDA VAGA DA DESTRUIÇÃO DA IDENTIDADE DO PLANTEL ENCARNADO quando se permite a saída de Simão Sabrosa (por 20 milhões de Euros), Karagounis (a custo zero!), Anderson (fez um teatro com a história da doença do filho dizendo que tinha que voltar ao Brazil mas acaba indo para o Lyon), Beto e Miccoli ...
José Veiga contrata Maxi Pereira, Zoro, Fábio Coentrão, Cristian Rodriguez e Oscar Cardozo e após a saída de Simão entra em ruptura com Luis Filipe Vieira, saíndo da vida do clube. Assumindo em Agosto a pasta do futebol encarnado LFV inicia as suas contratações completamente por catálogo, casos de Binya, Luis Filipe, Sepsi, Edcarlos, Freddy Adu, Andrés Díaz, Bergessio, Makukula e Di Maria ... e o Benfica ficou-se pelo o 4º lugar no Campeonato Nacional.
Este ano chega ao Benfica Quique Flores e perde Cristian Rodríguez e Rui Costa ... tendo que fazer uma limpeza na medíocre qualidade dum plantel 4º classificado, não podendo ver aceites as suas pretensões nas contratações de Luis Garcia, Sinama-Pongolle, Gouffran, por falta de liquidez financeira.
E julgam que este Homem, que até venceu a Taça da Liga, é algum milagreiro ?! Terá ele que pagar pelos erros do passado directivo encarnado? E não será bom um conhecedor do Mundo do Futebol, José Veiga, voltar ao clube ?
Espero não ter que escrever a parte 3 da destruição do Benfica !

terça-feira, 5 de maio de 2009

Treinadores sem Fé

Muitas foram as vezes em que assisti a questões colocadas por jornalistas a treinadores antes de estes defrontarem um clube grande, onde as suas respostas deixavam no ar um cenário de descrença na vitória, como que um sentimento prematuro de derrotado, numa mensagem plena de desconfiança nas capacidades dos seus atletas mas também uma falta de confiança em si, atributos muito pouco próprios para um líder, para um treinador!
Não me passa pela cabeça que na Liga Sagres seja impossível a qualquer equipa que seja vencer outra, nem que qualquer que seja o clube não grande possa ser campeão nacional, inseridos num contexto de estruturação. Treinador que não sonhe e não faça sonhar os seus atletas não deve treinar, devendo dar lugar a quem acredite em si e não subestime o potencial dos seus atletas, parecendo-me um pouco mais correcto subestimar o adversário. Quando não se subestima o adversário normalmente assistimos a discursos discursos demagógicos e por vezes excessivamente hipócritas, passando a batata quente para a equipa contrária.
Em José Mourinho e Jaime Pacheco pudemos verificar essa lei de Fé, transmissão de se conseguir o que muitos acreditam ser impossível, motivar o atleta mais impossível de ser motivado, transformando um plantel de equipas de grandeza aparentemente inferior capazes de ombrear lado-a-lado com qualquer clube. Para tal, não esqueçamos a época 2001\2002 quando José Mourinho sai em Dezembro rumo ao FC Porto, deixando a União de Leiria no 2º lugar, ficando a pairar no ar a ideia de que se não tivesse saído teríamos hoje um U. Leiria na montra dos clubes campeões nacionais! Não esqueçamos também o magnífico trabalho de Jaime Pacheco quando alcançou o campeonato nacional pelo Boavista FC e duas épocas mais tarde atinge a maia-final da Taça UEFA.
Reparemos onde estavam há uns anos atrás os atletas que compõem os plantéis dos clubes grandes e pensemos onde poderão estar daqui a uns anos os atletas que compõem os outros plantéis e pensemos que o futuro dos atletas depende deles próprios e de quem acredita neles ...

Árbitros Assistentes e sua (in)visibilidade

Não é novidade nenhuma que uma equipa de arbitragem de Futebol é composta por quatro árbitros, com tarefas divididas num trabalho de sintonia colectiva onde não ficam de parte as responsabilidades individuais. Creio firmemente que se fosse feita uma sondagem mais de 90% dos inquiridos não saberia dizer o nome de mais que dois árbitros assistentes (anteriormente conhecidos como fiscais de linha) da primeira categoria, ao invés, não se teria dificuldade em dizer nomes de árbitros principais, os senhores do apito. E porquê ?! O acesso à informação existe, no entanto, no dia após o jogo os meios de comunicação social dão especial atenção a quem tem o apito, chegando-se ao ponto de quantificar o trabalho do Sr. árbitro, esquecendo-se de que quem tem a bandeirola e está nas laterais do terreno de jogo tem demasiado poder para não lhe ser dada a mesma atenção. Dando essa atenção, está-se a responsabilizar, aumentando o medo de errar pois não há pior tribunal que a praça pública.

Académica contra os três "grandes"

À passagem da 26ª jornada a Académica de Coimbra, sob o comando técnico de Domingos Paciência, já defrontou os 3 grandes, com desempenho traduzido em números muito positivos. Em 6 jogos efectuados para o campeonato e 1 para a taça da liga amealhou 5 pontos, "roubando" 3 ao Benfica, 4 ao Sporting e perdendo os 3 encontros para o FC Porto.
As disposições tácticas contra os grandes de Lisboa revelaram excelentes interligações defensivas e equipa muito bem preparada ao nível motivacional para um esquema de jogo que visava o empate, no entanto, cenário bem diferente se passou contra o FC Porto, onde a disposição táctica indicava uma maior profundidade ofensiva e consequente "oferta" de espaços na zona defensiva.
relembremos que Domingos Paciência foi formado nas escolas do FC Porto, tendo um palmarés recheado de títulos e feitos individuais com a camisola do dragão ao peito, onde viveu momentos que certamente o marcam até aos dias de hoje. É com grande cepticismo que observei as suas expressões faciais quer nos embates contra os grandes de Lisboa, quer contra o "seu" FC Porto e não posso deixar de me interrogar no seguinte:
Terá ele sentido o amargo da derrota contra o FC Porto ?!
Terá se conseguido abster do sentimentalismo que o pudesse dominar ?!
Terá havido profissionalismo a 100 % ?!
Prefiro acreditar que sim, não só porque gosto de Futebol, mas por que não quero deixar de gostar de Futebol!

Ruben Micael - Será Solução ?

Correm rumores de que o Benfica se prepara para contratar Rúben Micael ao Nacional da Madeira. Após tantas contratações fracassadas o Benfica não se pode dar ao luxo de cometer erros sendo a observação, análise e ponderação muito instrumentais em momentos tão importantes na vida do clube.
A análise que faço indica-me não ser uma opção válida. E porquê? A equipa do Nacional da Madeira utiliza um modelo de jogo onde é bem evidente a presença de duas âncoras, Cléber Monteiro e principalmente Luis Alberto, além disso, na manobra ofensiva Mateus dá um constante apoio ao meio campo ofensivo, dando assim liberdade de manobra a Rúben Micael. Para além de tudo isto, repare-se que nas derrotas do Nacional tanto na Amadora como em Setúbal (equipas de tendência defensiva) não constava Luis Alberto das opções, resultando em exibições menos conseguidas de Rúben Micael, que denotou dificuldades em jogar sob marcação, além de que há que ter em atenção que as equipas que defrontam o Benfica, fazem uso de mentalidades defensivas, com marcações apertadas na zona de Rúben Micael onde não me parece que lhe sejam concedidas liberdades para jogar onde sabe jogar, ou seja, no espaço vazio. Rúben Micael é bom a jogar contra equipas que atacam e consequentemente lhe dão espaço mas não para equipas de ímpeto defensivo ou ofensivo na cadência final do jogo.
Recomendo vivamente, decorem o nome, Semir Stilic, um Bósnio de 22 anos, que actua no Lech Poznan (clube de onde saiu Juskowiak para o Sporting). Este jogador é um perfeito driblador, com uma inteligência e visão de jogo e que acima de tudo joga muito bem sob marcação.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Destruição do Benfica - Parte 1

Aquele Verão de 1994 veio a marcar a história recente do Benfica que acabava de conquistar o seu 30º título de Campeão Nacional de Futebol. Acontecia uma mudança directiva com a saída forçada de Jorge De Brito, por motivos pessoais, sucedendo-lhe Manuel Damásio. Num pronunciado desconhecimento dos fenómenos que envolvem o Futebol, mandou-se embora um treinador campeão, Toni, substituindo-o por outro, Artur Jorge. Saíram atletas importantes, uns pela mística que transportavam, outros pelo rendimento expresso. Veja-se:

No verão de 1994, saíram :

Silvino [4 jogos] - para o FC Porto, via Vit. Setúbal
Rui Águas [25 jogos \ 6 golos] - para o Reggiana, via Estrela da Amadora
Rui Costa - para a Fiorentina
Schwarz [23 jogos \ 1 golo] - para o Arsenal
Yuran [20 jogos \ 4 golos] - para o FC Porto
Kulkov [21 jogos \ 2 golos] - para o FC Porto
Ailton [28 jogos \ 11 golos] - para o Atl. Mineiro

Entravam:

Preud´Homme, Marinho e Amaral (dispensados pelo Sporting), Paulo Madeira, Dimas, Paulo Bento, Paulão, Clóvis, Edilson, Tavares, Nelo e Rui Esteves.

O Benfica ficou em 3º lugar no campeonato nacional e ainda assim Artur Jorge ficava mais uma época desportiva (1995\96), para mais um Verão de mudanças no estádio da Luz. Repare-se que é nesta 2ª época que se destrói completamente a mística do Sport Lisboa e Benfica com as saídas de Nêno, Abel Xavier, William, Vítor Paneira, Isaías e César Brito, transportadores da mística encarnada e todos atletas que ainda tiveram índices desportivos de alto nível por onde passaram, dado que saíram numa altura de maturidade desportiva, facto que não justifica tal decisão técnica, nem justifica uma inexistência de uma intervenção da direcção do clube, impedindo tal desgoverno.
No espaço de pouco mais de 1 ano, de Junho de 1994 a Agosto de 1995 saíram do Benfica 31 atletas e entraram 26, numa política de gestão desportiva completamente descoordenada naquilo que é o dever de intervenção dum presidente evitando os plenos poderes de um treinador.